O simbolismo teve início na França no final
do século XIX e abrangeu a literatura e as artes
plásticas.
Com a estética, valorizou a realidade
subjetiva do ser humano e da vida, e surgiu como resposta ao
parnasianismo, que era oposição ao romantismo, ao naturalismo,
ao positivismo e às teorias mecanicistas - conceito segundo o
qual, tudo no Universo é mecanicamente explicado -,
predominante no pensamento da época.
Na poesia de Charles Baudelaire, morto em
1867, já se pode identificar características simbolistas,
porém foi no início de1886, com um manifesto do poeta francês
Jean Moréas, publicado no jornal Le Figaro que o
simbolismo foi identificado. Este manifesto anunciava o
nascimento de um movimento idealista e transcendente,
contrário, à rigidez formal encontrada do parnasianismo.
A nova estética incentivou os escritores a
expressarem suas idéias, sentimentos e valores mediante
símbolos, de forma implícita. Os escritores simbolistas se
afastaram das normas rígidas da versificação e das imagens
poéticas usadas por seus predecessores.
Influenciado pela genialidade de Charles
Baudelaire, o simbolismo difundiu-se através do salão
literário e da poesia de Stéphane Mallarmé. Outros escritores
que representaram o simbolismo foram Paul Verlaine, que teve
influência de Baudelaire em seu primeiro livro "Poemas
Saturninos" e Arthur Rimbaud, cujo ideal estético era a falta
de regras e o abuso de todos os sentidos, onde acreditava ser
possível captar a verdadeira realidade.
O Simbolismo no Brasil
O simbolismo no Brasil não teve a mesma
aceitação nos países da Europa e da América Latina, não
substituiu o parnasianismo e foi rechaçado pelo modernismo,
tendo assim vida curta e de pouca expressividade.
No entanto, teve alguns seguidores
brasileiros, tais como João da Cruz e Souza - primeiro grande
poeta negro no Brasil e o responsável por introduzir o
simbolismo na poesia brasileira, um exemplo de sua obra, é o
poema Antífona: "Ó Formas alvas, brancas, Formas claras de
luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas,
cristalina..., Incensos dos turíbulos das aras...".
Alphonsus de Guimaraens Filho, cuja poesia
expressou traços das obras de Paul Verlaine para a
religiosidade. Sua obra Ismália, é outro exemplo da influência
do simbolismo na literatura brasileira: "Quando Ismália
enloqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar."
O Simbolismo em Portugal
Os poetas simbolistas de Portugal também
forma muito influenciados por Paul Verlaine, onde se
destacaram: Eugênio de Castro, que introduziu a poesia
simbolista em Portugal; Antonio Nobre, que teve publicado em
vida apenas um livro, foi muito influenciado por Almeida
Garrett e Camilo Pessanha, autor do mais importante livro do
Simbolismo português, "Cléspsidra", sua única obra.
Artes Plásticas
Nas artes plásticas, o simbolismo não se
caracterizou como um estilo formal, foi uma tendência
ideológica internacional que serviu de catalisador para a
transformação da arte figurativa em arte abstrata.
O movimento que sucedeu o simbolismo, foi o modernismo, que
no Brasil iniciou-se com a Semana da Arte Moderna, de 1922 e
influenciou tanto a literatura como as artes.