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Memória
Amar o perdido deixa
confundido este coração.
Nada pode o
olvido contra o sem sentido apelo do Não.
As coisas
tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão
Mas as coisas
findas muito mais que lindas, essas
ficarão.
Soneto da Perdida Esperança
Perdi o bonde e a
esperança. Volto pálido para casa. A rua é inútil e nenhum
auto passaria sobre meu
corpo.
Vou subir a
ladeira lenta em que os caminhos se fundem. Todos eles
conduzem ao princípio do drama e da flora.
Não sei se
estou sofrendo ou se é alguém que se diverte por que não?
na noite escassa
com um
insolúvel flautim. Entretanto há muito
tempo.
Os Ombros Suportam o Mundo
Chega um tempo
em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta
depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque
o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos
tecem apenas o rude trabalho. E o coração está
seco.
Em
vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a
luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem
enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada
esperas de teus amigos.
Pouco importa
venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o
mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As
guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam
apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram
ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam
(os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta
morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida
apenas, sem mistificação.
Consideração do Poema
Não rimarei a
palavra sono com a incorrespondente palavra
outono. Rimarei com a palavra carne ou qualquer outra, que
todas me convêm. As palavras não nascem amarradas, elas
saltam, se beijam, se dissolvem, no céu livre por vezes um
desenho, são puras, largas, autênticas,
indevassáveis.
Uma
pedra no meio do caminho ou apenas um rastro, não
importa. Estes poetas são meus. De todo o orgulho, de toda
a precisão se incorporam ao fatal meu lado esquerdo. Furto a
Vinicius sua mais límpida elegia. Bebo em Murilo. Que
Neruda me dê sua gravata chamejante. Me perco em Apollinaire.
Adeus, Maiakovski. São todos meus irmãos, não são
jornais nem deslizar de lancha entre camélias: é toda a
minha vida que joguei.
Estes
poemas são meus. É minha terra e é ainda mais do que ela. É
qualquer homem ao meio-dia em qualquer praça. É a
lanterna em qualquer estalagem, se ainda as há. – Há
mortos? há mercados? há doenças? É tudo meu. Ser explosivo,
sem fronteiras, por que falsa mesquinhez me rasgaria? Que
se depositem os beijos na face branca, nas principiantes
rugas. O beijo ainda é um sinal, perdido embora, da
ausência de comércio, boiando em tempos
sujos.
Poeta
do finito e da matéria, cantor sem piedade, sim, sem frágeis
lágrimas, boca tão seca, mas ardor tão casto. Dar tudo
pela presença dos longínquos, sentir que há ecos, poucos, mas
cristal, não rocha apenas, peixes circulando sob o navio
que leva esta mensagem, e aves de bico longo
conferindo sua derrota, e dois ou três faróis, últimos!
esperança do mar negro. Essa viagem é mortal, e
começa-la. Saber que há tudo. E mover-se em meio a milhões
e milhões de formas raras, secretas, duras. Eis aí meu
canto.
Ele é
tão baixo que sequer o escuta ouvido rente ao chão. Mas é tão
alto que as pedras o absorvem. Está na mesa aberta em
livros, cartas e remédios. Na parede infiltrou-se. O bonde, a
rua, o uniforme de colégio se transformam, são ondas de
carinho te envolvendo.
Como
fugir ao mínimo objeto ou recusar-se ao grande? Os temas
passam, eu sei que passarão, mas tu resistes, e cresces
como fogo, como casa, como orvalho entre dedos, na grama,
que repousam.
Já
agora te sigo a toda parte, e te desejo e te perco, estou
completo, me destino, me faço tão sublime, tão natural e
cheio de segredos, tão firme, tão fiel... Tal uma
lâmina, o povo, meu poema, te
atravessa.
Caso
do Vestido
Nossa mãe, o
que é aquele vestido, naquele
prego?
Minhas filhas, é o vestido de uma dona que
passou.
Passou quando, nossa mãe? Era nossa
conhecida?
Minhas filhas, boca presa. Vosso pai evém
chegando.
Nossa
mãe, esse vestido tanta renda, esse
segredo!
Minhas filhas, escutai palavras de minha
boca.
Era
uma dona de longe, vosso pai enamorou-se.
E
ficou tão transtornado, se perdeu tanto de
nós,
se
afastou de toda vida, se fechou, se
devorou.
Chorou no prato de carne, bebeu, gritou, me
bateu,
me
deixou com vosso berço, foi para a dona de
longe,
mas a
dona não ligou. Em vão o pai implorou,
dava
apólice, fazenda, dava carro, dava ouro,
beberia seu sobejo, lamberia seu
sapato.
Mas a
dona nem ligou. Então vosso pai, irado,
me
pediu que lhe pedisse, a essa dona tão
perversa,
que
tivesse paciência e fosse dormir com ele...
Nossa
mãe, por que chorais? Nosso lenço vos
cedemos.
Minhas filhas, vosso pai chega ao pátio.
Disfarcemos.
Nossa
mãe, não escutamos pisar de pé no degrau.
Minhas filhas, procurei aquela mulher do
demo.
E lhe
roguei que aplacasse de meu marido a
vontade.
Eu
não amo teu marido, me falou ela se rindo.
Mas
posso ficar com ele se a senhora fizer
gosto,
só
para lhe satisfazer, não por mim, não quero
homem.
Olhei
para vosso pai, os olhos dele pediam.
Olhei
para a dona ruim, os olhos dela gozavam.
O seu
vestido de renda, de colo mui devassado,
mais
mostrava que escondia as partes da
pecadora.
Eu
fiz meu pelo-sinal, me curvei... disse que
sim.
Saí
pensando na morte, mas a morte não chegava.
Andei
pelas cinco ruas, passei ponte, passei rio,
visitei vossos parentes, não comia, não
falava,
tive
uma febre terçã, mas a morte não chegava.
Fiquei fora de perigo, fiquei de cabeça
branca,
perdi
meus dentes, meus olhos, costurei, lavei, fiz
doce,
minhas mãos se escalavraram, meus anéis se
dispersaram,
minha
corrente de ouro pagou conta de farmácia.
Vosso
pai sumiu no mundo. O mundo é grande e
pequeno.
Um
dia a dona soberba me aparece já sem nada,
pobre, desfeita, mofina, com sua trouxa na
mão.
Dona,
me disse baixinho, não te dou vosso marido,
que
não sei onde ele anda. Mas te dou este
vestido,
última peça de luxo que guardei como
lembrança
daquele dia de cobra, da maior
humilhação.
Eu
não tinha amor por ele, ao depois amor
pegou.
Mas
então ele enjoado confessou que só gostava
de
mim como eu era dantes. Me joguei a suas
plantas,
fiz
toda sorte de dengo, no chão rocei minha
cara,
me
puxei pelos cabelos, me lancei na
correnteza,
me
cortei de canivete, me atirei no sumidouro,
bebi
fel e gasolina, rezei duzentas novenas,
dona,
de nada valeu: vosso marido sumiu.
Aqui
trago minha roupa que recorda meu malfeito
de
ofender dona casada pisando no seu orgulho.
Recebei esse vestido e me dai vosso
perdão.
Olhei
para a cara dela, quede os olhos
cintilantes?
quede
graça de sorriso, quede colo de camélia?
quede
aquela cinturinha delgada como jeitosa?
quede
pezinhos calçados com sandálias de cetim?
Olhei
muito para ela, boca não disse palavra.
Peguei o vestido, pus nesse prego da
parede.
Ela
se foi de mansinho e já na ponta da estrada
vosso
pai aparecia. Olhou para mim em silêncio,
mal
reparou no vestido e disse apenas: Mulher,
põe
mais um prato na mesa. Eu fiz, ele se
assentou,
comeu, limpou o suor, era sempre o mesmo
homem,
comia
meio de lado e nem estava mais velho.
O
barulho da comida na boca, me acalentava,
me
dava uma grande paz, um sentimento
esquisito
de
que tudo foi um sonho, vestido não há... nem
nada.
Minhas filhas, eis que ouço vosso pai subindo a
escada.
Confissão
Não amei
bastante meu semelhante, não catei o verme nem curei a
sarna. Só proferi algumas palavras, melodiosas, tarde, ao
voltar da festa.
Dei
sem dar e beijei sem beijo. (Cego é talvez quem esconde os
olhos embaixo do catre.) E na meia-luz tesouros fanam-se,
os mais excelentes.
Do
que restou, como compor um homem e tudo que ele implica de
suave, de concordâncias vegetais, murmúrios de riso,
entrega, amor e piedade?
Não
amei bastante sequer a mim mesmo, contudo próximo. Não amei
ninguém. Salvo aquele pássaro – vinha azul e doido – que
se esfacelou na asa do avião.
Destruição
Os amantes se
amam cruelmente e com se amarem tanto não se vêem. Um se
beija no outro, refletido. Dois amantes que são? Dois
inimigos.
Amantes são meninos estragados pelo mimo de amar: e
não percebem quanto se pulverizam no enlaçar-se, e como o
que era mundo volve a nada.
Nada,
ninguém. Amor, puro fantasma que os passeia de leve, assim a
cobra se imprime na lembrança de seu
trilho.
E eles quedam
mordidos para sempre. Deixaram de existir mas o
existido continua a doer
eternamente.
Parolagem da Vida
Como a vida muda. Como a vida é
muda. Como a vida é nula. Como a vida é nada. Como a
vida é tudo. Tudo que se perde mesmo sem ter
ganho. Como a vida é senha de outra vida nova que
envelhece antes de romper o novo. Como a vida é
outra sempre outra, outra não a que é vivida. Como a
vida é vida ainda quando morte esculpida em vida. Como
a vida é forte em suas algemas. Como dói a vida quando
tira a veste de prata celeste. Como a vida é
isto misturado àquilo. Como a vida é bela sendo uma
pantera de garra quebrada. Como a vida é
louca estúpida, mouca e no entanto chama a torrar-se em
chama. Como a vida chora de saber que é vida e nunca
nunca nunca leva a sério o homem, esse lobisomem. Como
a vida ri a cada manhã de seu próprio absurdo e a cada
momento dá de novo a todos uma prenda estranha. Como a
vida joga de paz e de guerra povoando a terra de leis e
fantasmas. Como a vida toca seu gasto realejo fazendo
da valsa um puro Vivaldi. Como a vida vale mais que a
própria vida sempre renascida em flor e formiga em
seixo rolado peito desolado coração amante. E como se
salva a uma só palavra escrita no sangue desde o
nascimento: amor,
vidamor!
Amor
e Seu Tempo
Amor é
privilégio de maduros estendidos na mais estreita
cama, que se torna a mais larga e mais relvosa, roçando,
em cada poro, o céu do corpo.
É
isto, amor: o ganho não previsto, o prêmio subterrâneo e
coruscante, leitura de relâmpago cifrado, que, decifrado,
nada mais existe
valendo a pena e o preço do terrestre, salvo o minuto
de ouro no relógio minúsculo, vibrando no
crepúsculo.
Amor é o que
se aprende no limite, depois de se arquivar toda a
ciência herdada, ouvida. Amor começa
tarde.
Quero
Quero que
todos os dias do ano todos os dias da vida de meia em meia
hora de 5 em 5 minutos me digas: Eu te
amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo, creio, no momento, que
sou amado. No momento anterior e no seguinte, como
sabê-lo?
Quero
que me repitas até a exaustão que me amas que me amas que me
amas. Do contrário evapora-se a amação pois ao não dizer:
Eu te amo, desmentes apagas teu amor por
mim.
Exijo
de ti o perene comunicado. Não exijo senão isto, isto
sempre, isto cada vez mais. Quero ser amado por e em tua
palavra nem sei de outra maneira a não ser esta de
reconhecer o dom amoroso, a perfeita maneira de saber-se
amado: amor na raiz da palavra e na sua
emissão, amor saltando da língua
nacional, amor feito som vibração
espacial.
No
momento em que não me dizes: Eu te amo, inexoravelmente
sei que deixaste de amar-me, que nunca me amastes
antes.
Se não me
disseres urgente repetido Eu te amoamoamoamoamo, verdade
fulminante que acabas de desentranhar, eu me precipito no
caos, essa coleção de objetos de não-amor.
Ainda que Mal
Ainda que mal
pergunte, ainda que mal respondas; ainda que mal te
entenda, ainda que mal repitas; ainda que mal
insista, ainda que mal desculpes; ainda que mal me
exprima, ainda que mal me julgues; ainda que mal me
mostre, ainda que mal me vejas; ainda que mal te
encare, ainda que mal te furtes; ainda que mal te
siga, ainda que mal te voltes; ainda que mal te
ame, ainda que mal o saibas; ainda que mal te
agarre, ainda que mal te mates; ainda assim te
pergunto e me queimando em teu seio, me salvo e me dano:
amor.
O
Deus de Cada Homem
Quando digo "meu Deus", afirmo a
propriedade. Há mil deuses pessoais em nichos da
cidade.
Quando digo "meu Deus", crio
cumplicidade. Mais fraco, sou mais forte do que a
desirmandade.
Quando digo "meu Deus", grito minha
orfandade. O rei que me ofereço rouba-me a
liberdade.
Quando digo "meu Deus", choro minha
ansiedade. Não sei que fazer dele na
microeternidade.
Deus Triste
Deus é
triste.
Domingo
descobri que Deus é triste pela semana afora e além do
tempo.
A solidão de
Deus é incomparável. Deus não está diante de Deus. Está
sempre em si mesmo e cobre tudo tristinfinitamente. A
tristeza de Deus é como Deus: eterna.
Deus criou
triste. Outra fonte não tem a tristeza do
homem.
Certas Palavras
Certas
palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora
qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de
confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito
especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem
alcança.
Entretanto são palavras simples: definem partes do
corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se
permitem e a nós é defendido por sentença dos
séculos.
E tudo é
proibido. Então, falamos.
A
Palavra
Já não quero
dicionários consultados em vão. Quero só a palavra que
nunca estará neles nem se pode
inventar.
Que
resumiria o mundo e o substituiria.
Mais
sol do que o sol, dentro da qual vivêssemos todos em
comunhão, mudos, saboreando-a.
Verdade
A porta da
verdade estava aberta, mas só deixava passar meia pessoa
de cada vez.
Assim
não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa
que entrava só trazia o perfil de meia verdade. E sua
segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os
meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram ao
lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos. Era
dividida em metades diferentes uma da
outra.
Chegou-se a
discutir qual a metade mais bela. Nenhuma das duas era
totalmente bela. E carecia optar. Cada um optou
conforme seu capricho, sua ilusão, sua
miopia.
Por
quê?
Por que
nascemos para amar, se vamos morrer? Por que morrer, se
amamos? Por que falta sentido ao sentido de viver, amar,
morrer?
O Ano Passado
O ano passado
não passou, continua incessantemente. Em vão marco novos
encontros. Todos são encontros
passados.
As
ruas, sempre do ano passado, e as pessoas, também as
mesmas, com iguais gestos e falas. O céu tem
exatamente sabidos tons de amanhecer, de sol pleno, de
descambar como no repetidíssimo ano
passado.
Embora sepultos, os mortos do ano passado sepultam-se
todos os dias. Escuto os medos, conto as
libélulas, mastigo o pão do ano passado.
E será sempre
assim daqui por diante. Não consigo evacuar o ano
passado.
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1
Carlos Drummond de
Andrade
(1902-1987)
Carlos Drummond de Andrade,
poeta, jornalista, contista. Nasceu em Itabira, Minas Gerais,
e faleceu na cidade do Rio de Janeiro. Formou-se em Farmácia,
em Belo Horizonte, e foi professor de geografia. Em 1925,
fundou com outros escritores mineiros A Revista, órgão
de curta duração mas de fundamental importância no modernismo
mineiro. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1933 onde trabalhou
como jornalista e funcionário público. Nunca esqueceu a terra
natal e, referindo-se à infância, escreveu, certa vez,
:"...hoje, Itabira é apenas um retrato na parede/ mas, como
dói". Teve uma única filha, Maria Julieta, também
escritora, que morreu alguns meses antes do
pai.
Foi o primeiro
grande poeta posterior aos movimentos que inauguraram o
modernismo brasileiro. Observador e irônico, percebia como
ninguém o pequeno hiato existente entre o "ser" e o "parecer"
das pessoas, material que recheava suas poesias de humor, uma
de suas marcantes características.
Em sua obra
destacam-se Sentimento do mundo (1940) e a Rosa do
povo (1945), esta última uma exortação à resistência
contra a fúria nazifascista e todas as formas de dominação e
exploração. Segue-se Claro enigma (1948-1951), em que,
ao lado da recusa a este "sistema de erros", expressa suas
inquietações e interrogações diante do tempo, da morte e do
"vazio que destrói o sonho da existência", levando o indivíduo
a fechar-se em si mesmo, sem ousar o salto ou a
ruptura.
Desta poesia de
base filosófica dos anos 50, Carlos Drummond de Andrade passou
a buscar a Lição das coisas (1959-1962), fazendo das
coisas e das palavras que as nomeiam, uma forma de atingir o
essencial e mais significativo.
Em Contos de
aprendiz (1951) e crônicas de Fala, amendoeira
(1957) — ao lado da contida, mas intensa expressão de afeto e
rejeição ao absurdo do mundo — perspassa um humor irônico em
relação à diferença entre o que os homens mostram ou parecem
ser e o que são — uma das tônicas da visão deste poeta que se
definiu como "um gauche na vida".
De 1956 a 1969
colaborou no Correio da Manhã e, depois, no Jornal
do Brasil, além de continuar a publicar poesia: entre
outras, As impurezas do branco (1973).
Carlos Drummond de
Andrade — que recusou uma indicação para se candidatar à
Academia Brasileira de Letras e, "por razões de consciência",
negou-se a receber o Prêmio Brasília de Literatura, concedido
pela Fundação Cultural do Distrito Federal —, recebeu, em
1962, o Prêmio de Literatura da União Brasileira de Escritores
e, em 1975, o prêmio Walmap de Literatura.
Traduções e
edições sucessivas de suas obras, em diferentes línguas e
países, deram-lhe renome internacional. Mesmo depois de sua
morte, sua nome se projeta como um dos maiores poetas da
literatura brasileira e sul-americana.
Fonte:
Enciclopédia Encarta - 2000 Microsoft
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