The Secret (1876) - William Bouguereau  


 
 

 

 

 

pg. 2

 Soneto da inspiração
 
 

Não te amo como uma criança, nem

Como um homem e nem como um mendigo

Que o grande mal da vida traz consigo.

Não é nem pela calma que me vem

De amar, nem pela glória do perigo

Que me vem amar, que te amo; digo

Antes que por te amar não sou ninguém.

Amo-te pelo que és, pequena e doce

Pela infinita inércia que me trouxe

A culpa é de te amar - soubesse eu ver

Através da tua carne defendida

Que sou triste demais para esta vida

E que és pura demais para sofrer. 

 

 

Soneto do maior amor
 
 

Maior amor nem mais estranho existe

Que o meu, que não sossega a coisa amada

E quando se sente alegre, fica triste

E se vê descontente, dá risada.

E que só fica em paz se lhe resiste

O amado coração, e que se agrada

Mais da eterna aventura em que persiste

Que de uma vida mal-aventurada.
 

Louco amor  meu, que quando toca, fere

E quando fere vibra, mas prefere

Ferir a fenecer - e vive a esmo

Fiel à sua lei de cada instante

Desassombrado, doido, delirante

Numa paixão de tudo e de si mesmo. 

 

 

Soneto de véspera
 
 

Quando chegares e eu te vir chorando

De tanto te esperar, que te direi?

E da angústia de amar-te, te esperando

Reencontrada, como te amarei?

Que beijo teu de lágrimas terei

Para esquecer o que vivi lembrando

E que farei da antiga mágoa quando

Não puder te dizer porque chorei?

Como ocultar a sombra em mim suspensa

Pelo martírio da memória imensa

Que distância criou - fria da vida

Imagem tua que compus serena

Atenta ao meu apelo e à minha pena

E que quisera nunca mais perdida... 

 

 

O Filho do Homem
 
 

O mundo parou

A estrela morreu

No fundo da treva

O infante nasceu.

Nasceu num estábulo

Pequeno e singelo

Com boi e charrua

Com foice e martelo.

Ao lado do infante

O homem e a mulher

Uma tal Maria

Um José qualquer.

A noite o fez negro

Fogo o avermelhou

A aurora nascente

Todo o amarelou.

O dia o fez branco

Branco como a luz

À falta de um nome

Chamou-se Jesus.

Jesus pequenino

Filho natural.

Ergue-te menino

É triste o Natal.

(Natal de 1947) 

 

 

Soneto do amor como um rio 
  
 

Este infinito amor de um ano faz

Que é maior do que o tempo e do que tudo

Este amor que é real, e que, contudo

Eu já não cria que existisse mais.

Este amor que surgiu insuspeito

E que dentro do drama fez-se em paz

Este amor que é o túmulo onde jaz

Meu corpo para sempre sepultado.

Este amor meu é como um rio; um rio

Noturno, interminável e tardio

A deslizar macio pelo ermo

E que em seu curso sideral me leva

Iluminado de paixão na treva

Para o espaço sem fim de um mar sem termo.

(Montevidéu - 1959) 
 

 

 

O verbo no infinito
 
 

Ser criado, gerar-se, transformar

O amor em carne e carne em amor; nascer

Respirar, e chorar, e adormecer

E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar

Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir

E começar a amar e então sorrir

E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver

E perder, e sofrer, e ter horror

De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor

E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito...

(Rio de Janeiro - 1960) 

 

 

Dialética
 
 

É claro que a vida é boa

E a alegria, a única indizível emoção

É claro que te acho linda

Em ti bendigo o amor das coisas simples

É claro que te amo

E tenho tudo para ser feliz

Mas acontece que eu sou triste...

(Montevidéu - 1960)

 

 

Minha Namorada
 
 

Se você quer ser minha namorada

Ah, que linda namorada

Você poderia ser, se quiser ser

Somente minha, exatamente essa coisinha

Essa coisa toda minha

Que ninguém mais pode ser...

Você tem que me fazer um juramento

De só ter um pensamento:

Ser só minha até morrer...

E também de não perder esse jeitinho

De falar devagarinho

Essas histórias de você

E de repente me fazer muito carinho

E chorar bem de mansinho

Sem ninguém saber por quê....

E se mais do que minha namorada

Você quer ser minha amada

Minha, amada, mais amada pra valer

Aquela amada pelo amor predestinada

Sem a qual a vida é nada

Sem a qual se quer morrer

Você tem que vir comigo em meu caminho

E talvez o meu caminho

Seja triste para você...

Os seus braços o meu ninho

No silêncio de depois

E você tem que ser a estrela derradeira

Minha amiga e companheira

No infinito de nós dois.

 

 

Samba em prelúdio
 
 

Eu sem você não tenho porquê

Porque sem você não sei nem chorar

Sou chama sem luz

Jardim sem luar

Luar sem amor

Amor sem si dar.

Eu sem você sou só desamor

Um barco sem mar

Um campo sem flor

Tristeza que vai

Tristeza que vem

Sem você, meu amor, eu não sou ninguém.

Ai, que saudade

Que vontade de ver renascer nossa vida

Volta, querida

Os teus braços precisam dos meus

Meus abraços precisam dos teus.

Estou tão sozinho

Tenho os olhos cansados de olhar para o além

Vem ver a vida sem você meu amor,

eu não sou ninguém.

 

 

Orfeu da Conceição

Corifeu
 
 

São demais os perigos desta vida para quem tem paixão, principalmente

Quando uma lua surge de repente e se deixa no céu, como esquecida.

E se ao luar que atua desvairado vem se unir uma música qualquer

Aí então é preciso ter cuidado porque deve andar perto uma mulher.

Deve andar perto uma mulher que é feita de
música, luar e sentimento

E que a vida não quer, de tão perfeita.

Uma mulher que é como a própria Lua:

Tão linda que só espalha sofrimento

Tão cheia de pudor que vive nua.

 

 

Para viver um grande amor
 
 

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso - para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... - não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro - seja lá como for.

Há que fazer de corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada epostar-se de fora com uma espada - para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor.

É preciso muitíssimo cuidado com  quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está,  está sempre preparado para chatear o grande amor.

Para viver um grande amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não   existe amor sem fieldade - para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vaidade é desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut, além de ser fiel, ser bem conhecedor  de arte culinária e de judô - para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito - peito de remador.

É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista - muito mais, muito mais  que na modista! - para aprazer ao grande amor.

Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos,  estrogonofes, comidinhas para depois do amor.

E o que há de melhor que ir pra cozinha e  preparar com amoruma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto - para não morrer de dor.

É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente - e esfria um pouco o amor.

Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem  covardia; saber ganhar dinheiro com poesia - para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que  que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva obscura e desvairada não se souber achar a bem-amada para viver um grande amor.

 

 

O dia da criação

I

Hoje é sábado, amanhã é domingo

A vida vem em onda, como o mar

Os bondes andam em cima dos trilhos

E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na Cruz para nos salvar.

Hoje é sábado, amanhã é domingo

Não há nada como o tempo para passar

Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo

Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo o mal.

Hoje é sábado, amanhã é domingo

Amanhã não gosta de ver ninguém bem

Hoje é que é o dia do presente

O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade

Neste momento todos os bares

estão repletos de homens vazios

Todos os namorados estão de mão entrelaçadas

Todos os maridos estão funcionando regularmente

Todas as mulheres estão atentas

Porque hoje é sábado.

II

Neste momento há um casamento

Porque hoje é sábado.

Há um divórcio e um violamento

Porque hoje é sábado.

Há um homem rico que se mata

Porque hoje é sábado.

Há um incesto e uma regata

Porque hoje é sábado.

Há um espetáculo de gala

Porque hoje é sábado.

Há uma mulher que apanha e cala

Porque hoje é sábado.

Há um renovar de esperanças

Porque hoje é sábado.

Há uma profunda discórdia

Porque hoje é sábado.

Há um sedutor que tomba morto

Porque hoje é sábado.

Há um grande espírito-de-porco

Porque hoje é sábado.

Há uma mulher que vira homem

Porque hoje é sábado.

Há criancinhas que não comem

Porque hoje é sábado.

Há um piquenique de políticos

Porque hoje é sábado.

Há um grande acréscimo de sífilis

Porque hoje é sábado.

Há um ariano e uma mulata

Porque hoje é sábado.

Há uma tensão inusitada

Porque hoje é sábado.

Há adolescências seminuas

Porque hoje é sábado.

Há um vampiro pelas ruas

Porque hoje é sábado.

Há um grande aumento no consumo

Porque hoje é sábado.

Há um noivo louco de ciúmes

Porque hoje é sábado.

Há um garden-party na cadeia

Porque hoje é sábado.

Há uma impassível lua cheia

Porque hoje é sábado.

Há damas de todas as classes

Porque hoje é sábado.

Umas difíceis, outras fáceis.

Porque hoje é sábado.

Há um beber e um dar sem conta

Porque hoje é sábado.

Há uma infeliz que vai de tonta

Porque hoje é sábado.

Há um padre passeando à paisana

Porque hoje é sábado.

Há um frenesi de dar banana

Porque hoje é sábado.

Há uma sensação angustiante

Porque hoje é sábado.

De uma mulher dentro de um homem

Porque hoje é sábado.

Há a comemoração fantástica

Porque hoje é sábado.

Da primeira cirurgia plástica

Porque hoje é sábado.

E dando os trâmites por findos

Porque hoje é sábado.

Há a perceptiva do domingo

Porque hoje é sábado.

III

 

Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens,
o Sexto Dia da Criação.

De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas

E depois, da separação das águas. e depois da fecundação da terra

E depois da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra

Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.

Na verdade o homem não era necessário.

Nem tu mulher, ser vegetal dona do abismo, que queres como as plantas,
imovelmente e nunca saciada

Tu que carregas no meio de ti o vórcide supremo da paixão.

Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias

Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa

Descanse o Senhor e simplesmente não existiríamos

Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas
em queda invisível na terra.

Não viveríamos na degola dos animais e da asfixia dos peixes

Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia.

Não sofreríamos mal de amor nem desejaríamos a mulher do próximo

Seria a indizível beleza e harmonia das plantas e dos astros em colóquio

A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.

Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos

Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas

Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade

Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia

E para não ficar com as vastas mãos abanando

Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança

Possivelmente, isto é, muito provavelmente

Porque era sábado. 
  

 

 Receita de Mulher
 
 
 

As muito feias que me perdoem mas beleza é fundamental.

É preciso que haja qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture em tudo isso (ou então que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).

Não há meio-termo possível. É preciso que tudo isso seja belo.

É preciso que súbito tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.

É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche no olhar dos homens.

É preciso, é absolutamente preciso que tudo seja belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas lembrem um verso de Eluard e que se acaricie nuns braços alguma coisa além da carne: que se os toque como ao âmbar de uma tarde.

Ah, deixai-e dizer-vos que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro, seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem com olhos e nádegas.

Nádegas é importantíssimo. Olhos, então nem se fala, que olhem com certa maldade inocente.
Uma boca fresca (nunca úmida!) e também de extrema pertinência.

É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas no enlaçar de uma cintura semovente.

Gravíssimo é, porém, o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras é como um rio sem pontes.

Indispensável que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida a mulher se alteie em cálice, e que seus seios sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca e possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de 5 velas.

Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!

Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas e que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem

No entanto, sensível à carícia em sentido contrário. É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!)

Preferíveis sem dúvida os pescoços longos de forma que a cabeça dê por vezes a impressão de nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre flores sem mistério.

Pés e mãos devem conter elementos góticos discretos.

A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na face, mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior a 37° centígrados podendo eventualmente provocar queimaduras do 1° grau.

Os olhos, que sejam de preferência grandes e de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e que se coloquem sempre para lá de um invisível muro da paixão que é preciso ultrapassar.

Que a mulher seja em princípio alta ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.

Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que, se se fechar os olhos ao abri-los ela não mais estará presente com seu sorriso e suas tramas.

Que ela surja, não venha; parta, não vá e que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber o fel da dúvida.

Oh, sobretudo que ele não perca nunca, não importa em que mundo não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade de pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre o impossível perfume; e destile sempre o embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina do efêmero; e em sua incalculável imperfeição constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável. 

 

 

Poema de Natal

 

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados,
Para chorar e fazer chorar,
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses,
Mãos para colher o que foi dado,
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida;
Uma tarde sempre a esquecer,
Uma estrêla a se apagar na treva,
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar,
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sôbre um berço,
Um verso, talvez, de amor,
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E que por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre,
Para a participação da poesia,
Para ver a face da morte -
De repente, nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem;
da morte apenas
Nascemos, imensamente.

 

 

Vinícius de Moraes

(1913-1980)

 

Vinícius de Moraes, poeta, diplomata e compositor brasileiro, autor de centenas de sambas e bossas novas.

Nasceu em 19 de outubro de 1913 no Rio e morreu em 8 de julho de 1980. Também escritor e cantor, publicou seu primeiro livro de poemas, Caminho para a distância, em 1933. Após uma primeira fase mística, passou a outra mais singela e carnal. Apesar das preocupações sociais (como em Operário em construção), foi fundamentalmente o poeta do amor ("...Que não seja imortal, posto que é chama,/ mas que seja infinito enquanto dure"). Em 1956, encontrou-se com Tom Jobim, com quem compôs sua mais celebre canção, Garota de Ipanema, e muitos outros sucessos. Também trabalhou com Carlos Lyra, Francis Hime, Edu Lobo, Chico Buarque, Pixinguinha, Ari Barroso, Adoniran Barbosa, Baden Powell e Toquinho. Com Baden Powell, compôs os afro-sambas, inspirados na tradição cultural e musical da Bahia. Popular graças à música, Vinícius, entretanto, preferia ser reconhecido como poeta.

 

Fonte: Enciclopédia Encarta - 2000 Microsoft

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